sexta-feira, 29 de julho de 2011

Dicas de Saúde


Gordura abdominal a mais perigosa

Ela não é bem-vinda em parte alguma do corpo, mas, quando se acumula ao redor da cintura, aumentam os riscos de doença do fígado, coração e diabetes


Manter-se magro. Acho que nunca tantas pessoas acalentaram tal desejo por tanto tempo. Não é fácil, os ponteiros que o digam. Mas, talvez mais do que a preocupação com a estética, o foco deveria ser o que acontece com o fígado ou mesmo o coração. E, quando se fala em saúde, a principal preocupação precisa ser com a gordura abdominal. "As células de gordura do corpo estão constantemente enchendo-se e esvaziando-se. E, ao esvaziarem, jogam na corrente sanguínea ácidos graxos e glicerol", explica o endocrinologista Alfredo Halpern, da Universidade de São Paulo. "A proximidade com o fígado faz com que, primeiro, essas substâncias se depositem no órgão", completa. Isso provoca a chamada esteatose hepática, que não é uma doença em si, e, sim, o resultado de desordens metabólicas. A longo prazo, ela pode fazer com que o fígado pare de funcionar.

Esse tipo de gordura também aumenta a chance de desenvolver diabetes tipo 2 (veja box). Finalmente, é preciso livrar-se da gordura que acaba com a cintura porque ela afeta diretamente o coração. Foi o que confirmou uma pesquisa, publicada recentemente no Circulation, jornal da Sociedade Americana do Coração, na qual foram avaliados 1.708 homens e 892 mulheres com problemas cardíacos entre 45 e 79 anos na Inglaterra. Os cientistas concluíram que homens com a cintura aumentada têm 55% a mais de chance de desenvolver doenças coronarianas, e esse número sobe para 91% no caso das mulheres.

Outro estudo, dessa vez desenvolvido pela Escola de Medicina de Boston (EUA), relacionou a gordura abdominal com maior chance de desenvolver demência. Foram acompanhadas 700 pessoas de meia-idade, e os pesquisadores encontraram uma associação inversa entre a circunferência do abdome e o tamanho do cérebro.

As células de gordura do corpo estão constantemente enchendo-se e esvaziando-se. E, ao esvaziarem, jogam na corrente sanguínea ácidos graxos e glicerol

Os tipos de gordura abdominal

Existem basicamente dois tipos de gordura abdominal. "A visceral, que, como o nome diz, esconde-se entre as vísceras e é a mais perigosa", diz Halpern. Já a subcutânea fica sob a pele e está menos entranhada entre os órgãos. É fácil diferenciar uma da outra: se você deitar e sua barriga esparramar para os lados, é subcutânea. Se ficar rígida feito uma bolinha é víscera. As duas devem ser combatidas. A conta para saber se a gordura abdominal está comprometendo a sua saúde é a seguinte: meça a região que fica entre a última costela e a crista ilíaca, exatamente a cintura. Para as mulheres, se a medida ultrapassar 80 centímetros, e para os homens 94, já há um risco moderado de desenvolver os males relacionados a esse tipo de gordura. Mas o sinal de alerta toca mesmo se a medida ultrapassar 102 centímetros para os homens e 88 para as mulheres. Em qualquer um desses casos é preciso realizar mudanças que façam com que essa gordura desapareça ou diminua. Alguns alimentos contribuem para a redução da gordura abdominal: frutas cítricas, vegetais crucíferos, amêndoas, cereais integrais, peixe, clara cozida, aveia e cevada.

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Conheça os alimentos que contribuem para a formação da gordura abdominal e tente evitá-los:

1. Alimentos com gordura trans.
Apesar da campanha para que ela desapareça das prateleiras, ainda há alguns produtos que a usam em sua composição. É o tipo de ácido graxo que vai diretamente para a cintura. 

2. Refrigerantes. 

Um copo contém quatro colheres de sopa de açúcar. "Isso faz com que a glicemia suba rapidamente, gerando mais energia do que o corpo é capaz de utilizar ao mesmo tempo. O excesso dessa energia irá se transformar em triglicerídeos e posteriormente em gordura abdominal", explica a nutricionista Inty Davidson, de São Paulo.

3. Bebidas alcoólicas.
As piores são as destiladas, que têm uma alta dosagem alcoólica, o que aumenta a glicemia.

4. Frituras de imersão, Como batata frita e bife À milanesa.
Esses alimentos ficam com quase o dobro de calorias em relação à versão assada ou cozida. Então, mesmo que você coma pouco, eles gerarão muitas calorias. 

5. Pizza.

A massa é feita com muita farinha refinada, de digestão rápida, que também provoca elevação acima do normal da glicemia. Além disso, costuma ser acompanhada por queijo e molho, fontes de gorduras ruins .

6. Macarrão.
Normalmente comemos em quantidade maior do outro carboidrato, o arroz. Não é incomum consumir os dois na mesma refeição, e carboidrato em excesso é sinal de glicemia também exagerada e acúmulo de gordura na cintura.

7. Doces.

Ricos em açúcar - que eleva a glicemia e a energia extra se acumula na cintura -, normalmente também vêm acompanhados de gordura. 

8. Creme de leite.
É rico em gordura saturada, que eleva o colesterol e se acumula na cintura. 

9. Gordura animal.
Bacon, carne vermelha, manteiga e queijos amarelos aumentam a adiposidade do corpo.

10.Leite.
Algumas pessoas têm intolerância à lactose, o que pode provocar a formação de gases. Nesse caso, portanto, não é gordura que se acumula na região do abdome.

Informações: UOL

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