(fotos Leandro Nunes)
O litoral fluminense poderá ganhar o 2º geoparque da América Latina e o 78º do mundo. A Unesco poderá encampar a proposta de fazer com que as belezas e riquezas naturais do Estado do Rio de Janeiro, se tornem através da Rede Global de Geoparques, o mais novo geoparque do Brasil, atravessando ao todo 15 municípios, de Maricá, passando pela região dos Lagos e indo até São João da Barra.
Formam o corpo responsável pela coordenação a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade de Zurich, o Serviço Geológico do Estado (DRM), a Secretaria estadual de Desenvolvimento, além de universidades e Prefeituras das cidades envolvidas.
O projeto do Geoparque Costões e Lagunas do Rio será apresentado em setembro. O geoparque Araripe, no Ceará foi criado em 2006 e é o único latino-americano.
A natureza se incumbiu de oferecer as condições aos municípios de serem inseridos no projeto, cabendo ainda apresentar limites definidos e importância científica, cultural, histórica e ecológica, entre outras condições, como riquezas de geodiversidade e uma história que carimbe identidade ao local.
Na primeira etapa, os municípios estão sendo visitados e todos passarão por este trabalho de adesão com a realização de reuniões públicas. Depois de Arraial do Cabo, as cidades de Iguaba Grande e Búzios vão sediar nesta segunda-feira (11/07) o encontro, onde são apresentadas as propostas de se fazer turismo científico e cultural.
O que é um Geoparque?
É um território com limites definidos e que possui sítios de grande valor científico cujos patrimônios socioeconômico, cultural, histórico, ambiental e geológico apresentam importância, raridade, riqueza em biodiversidade e contam a história da terra e conferem identidade ao lugar.
Nesse território está localizado um determinado número de sítios geológicos e paleontológicos, selecionados conforme a relevância das suas características para a história da terra. Apesar do destaque principalmente relacionado ao patrimônio geológico, também se considerou a ocorrência de outros aspectos fundamentais relacionados à biodiversidade, história, cultura, arqueologia, dentre outros.
Um Geopark tem papel ativo no desenvolvimento econômico de seu território, que passa a ser mais reconhecido em função da suas riquezas naturais, possibilitando o desenvolvimento do Geoturismo, como estratégia na dinâmica econômica local.
Cada Geopark Unesco configura-se como um território protegido com sítios de grande relevância científica, ambiental e cultural, em razão de suas características geológicas, paleontológicas, arqueológicas, ecológicas e paisagísticas, que se apresentam como sinônimo de proteção patrimonial e desenvolvimento sustentável, com seus Planos de Estruturação e Ordenamento Territorial e Plano de Manejo ambiental, com roteiros de conservação dos aspectos relevantes e estratégias de desenvolvimento compactuadas pelos poderes públicos, sociedade civil e iniciativa privada.
Informações: Ururau
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